Parece ironia, mas a cena é muito comum. O uso de cadeira de rodas torna visível a deficiência física ou a mobilidade reduzida porque a dificuldade em executar a marcha (andar) demanda o uso de uma tecnologia assistiva (cadeira de rodas). No entanto, há uma confusão e generalização dos tipos de deficiência.
Já vi falarem alto e até gritarem com a pessoa em cadeira de rodas, como se ela não estivesse ouvindo. Já vi tratarem a pessoa em cadeira de rodas como se fosse uma criança, afinando a voz e colocando as palavras no diminutivo. Já vi ignorarem a capacidade de comunicação da pessoa em cadeira de rodas e perguntarem ao cuidador informações sobre as quais ela poderia tranquilamente falar sem auxílio.
É possível coexistir a deficiência física/mobilidade reduzida com alguma alteração da comunicação? Sim, mas, nem sempre é isso que acontece.
É preciso tomar cuidado para não incapacitar a pessoa em cadeira de rodas.
Se, de fato, existir uma dificuldade na comunicação, aguarde o tempo de resposta dela, não fale por ela, nem fale em cima do discurso dela.
Se ela se utilizar de outros meios para se comunicar (gestos, imagens, equipamentos), esteja aberto e disponível para conhecer a maneira dela de se comunicar. Lembre-se: não existe somente a comunicação verbal!
#psicoreab #psicologiadareabilitação #psicólogaalinekimura #alinekimura #deficiênciafísica #dorescrônicas #terapiaonline
PsicoReab | Psicologia da Reabilitação | Aline Kimura 